Não quero assustar ninguém, mas é o seguinte: os chineses já dominaram o mundo! Daquele jeito que parece discreto, parece silencioso, parece suave, os herdeiros do compañero Mao alçaram de tal forma seus tentáculos sobre o emaranhado da aldeia global que é impossível encontrar um espaço onde não estejam.
E olha que nem estou falando de grandes negócios! Reconheço minha total incapacidade para ir além da fronteira entre o centro de Madri e o bairro de Lavapiés, demarcada por uma infinidade de tiendas de bijuterias fajutas y otras cositas más, que curiosamente só vendem "a mayor". Madre mía, quem no mundo compra tanta bijuteria vagabunda, e no atacado?
Google Maps, é claro.
Não há um mísero trecho da Calle de Magdalena, onde fica meu hostal, que não hospede pelo menos cinco famílias de "chinos", como são carinhosamente chamados por aqui. Mas se em outros cantos a especialidade deles são os armazéns de quinquilharias a granel (em Barcelona comprei uma esteira de praia por 1 euro!), aqui em Madri, entre a Puerta del Sol e Lavapiés, o negócio são os depósitos onde se empilham caixas e mais caixas de objetos reluzentes e sem qualquer utilidade, uma loja ao lado da outra, e todas elas às moscas. Estranho. Estranhíssimo!
Sei não, mas desconfio que esses caras mapearam o genoma do capitalismo enquanto o Ocidente ainda queima neurônios tentando inventar um xarope para a última gripe de Wall Street...
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