Por Graça Freire *
Dessa maneira se pronunciava e se escrevia a expressão em camisetas, postais e cartazes vendidos nos museus e bancas de jornal de Madri lá pelos anos
Por si, o madrilenho tem fama de festeiro, e salir de copas é correr os bares, de balcão em balcão, ou de barra en barra, bebendo cañas e picando tapas, dispostas aos olhos do freguês atrativamente decoradas, cobradas pelo número de palitos usados, deixados sobre o prato.Em bom português, beber um chope no cristal, beliscando tira-gostos, em pé, no balcão.
Grupos de amigos, sempre com alvoroço, entram e saem dos botecos das ruas que cortam o Centro de Madri.
Ah, Madri, Madrid, Madriz...
Mas nem só de cañas, de barra en barra, de tapas y bocadillos, se podia curtir a movida madrileña.
Lembro-me que bom mesmo era beber um vermouth, (também com th dito entre dentes), jorrando de um tonel de carvalho, por uma torneira de prata, caindo em um copinho daqueles de beber pinga aqui no Brasil. Não em pé, mas sentados, a uma mesinha escura, toalha xadrez, o olhar dividido entre o mural azulejado e aquela sua inesquecível mirada, por trás das lentes que o deixavam ainda mais misterioso.
Era em Chueca, o bairro das letras, dos boêmios, dos poetas, mas também dos drogadictos largados por suas vielas. Eram as meias-manhãs de sábado, fossem frias ou quase ensolaradas.
Era a Madriz que parece, ainda, querer me matar de saudades.
* Graça Freire, 56 anos. Por profissão, bióloga e professora universitária. Por prazer e paixão, as artes-plásticas, o artesanato e a poesia. Morou e estudou em Madri de
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Y tú que sabes?
Por favor, não se acanhem. Afinal, estamos na vida é para isso mesmo: compartilhar!
Idéias para anamariarossi@uol.com.br.
Bacana, Ana! E, parabéns à nova colaboradora. Boas histórias e, principalmente boas lembranças, são bem-vindas sempre!
ResponderExcluirBeijocas,
Andréa.