* Perdao pela falta de acentos, nao os encontrei no teclado da Karen.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Fora do ar *
* Perdao pela falta de acentos, nao os encontrei no teclado da Karen.
domingo, 27 de setembro de 2009
Pequeno milagre da Virgen de la Mercè
sábado, 26 de setembro de 2009
¡Madriz me mata!
Por Graça Freire *
Dessa maneira se pronunciava e se escrevia a expressão em camisetas, postais e cartazes vendidos nos museus e bancas de jornal de Madri lá pelos anos
Por si, o madrilenho tem fama de festeiro, e salir de copas é correr os bares, de balcão em balcão, ou de barra en barra, bebendo cañas e picando tapas, dispostas aos olhos do freguês atrativamente decoradas, cobradas pelo número de palitos usados, deixados sobre o prato.Em bom português, beber um chope no cristal, beliscando tira-gostos, em pé, no balcão.
Grupos de amigos, sempre com alvoroço, entram e saem dos botecos das ruas que cortam o Centro de Madri.
Ah, Madri, Madrid, Madriz...
Mas nem só de cañas, de barra en barra, de tapas y bocadillos, se podia curtir a movida madrileña.
Lembro-me que bom mesmo era beber um vermouth, (também com th dito entre dentes), jorrando de um tonel de carvalho, por uma torneira de prata, caindo em um copinho daqueles de beber pinga aqui no Brasil. Não em pé, mas sentados, a uma mesinha escura, toalha xadrez, o olhar dividido entre o mural azulejado e aquela sua inesquecível mirada, por trás das lentes que o deixavam ainda mais misterioso.
Era em Chueca, o bairro das letras, dos boêmios, dos poetas, mas também dos drogadictos largados por suas vielas. Eram as meias-manhãs de sábado, fossem frias ou quase ensolaradas.
Era a Madriz que parece, ainda, querer me matar de saudades.
* Graça Freire, 56 anos. Por profissão, bióloga e professora universitária. Por prazer e paixão, as artes-plásticas, o artesanato e a poesia. Morou e estudou em Madri de
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Y tú que sabes?
Por favor, não se acanhem. Afinal, estamos na vida é para isso mesmo: compartilhar!
Idéias para anamariarossi@uol.com.br.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
O postre que virou post *
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Sevilha também vai de bike
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Uma cidade sobre rodas. Duas.
Seu doutô, me dê licença
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Quatro palmos e dois dedos
Cuidado com a língua
O portuñol é uma invenção tipicamente brasileira. Damos um jeitinho aqui, uma acochambrada ali, fazemos uma pequena adaptación, se não der certo arriscamos um sinônimo – e vamos
Não melhorei muito, confesso, embora depois de umas cañas a coisa flua melhor. Mas já tenho uma pequena coleção de dicas para compartilhar:
- Nunca, jamais, em hipótese alguma entre numa loja para comprar durex e peça um durex. O mínimo que pode acontecer é te perguntarem o tamanho, você responder “grande” e o sujeito detrás do balcão te olhar meio atravessado. Se quiser evitar constrangimentos, peça uma cinta adhesiva. Caso contrário, corre o risco de sair da loja com um pacote de camisinhas tamanho GG.
- Se tiver feito como eu e deixado para trás as roupas de inverno para não extrapolar o limite de bagagem, e, como eu, tiver o azar de os Correios brasileiros entrarem em greve quando sua amiga iria despachar a caixa com os casacos, nada que um moletom não resolva numa virada de tempo. A questão é saber como pedir um moletom. Você pode tentar todas as adaptações imagináveis, mas não tem a mínima chance de acertar. Porque, habla en serio, faz algum sentido usar uma roupa chamada de sudadera?
- Vai passar apertado se precisar contratar um encanador. Turistas não têm esse problema, mas moradores têm. Você vai ao dicionário e ele te diz cañero. Você acha que vai encontrar algum cañero em Barcelona? Desista. Aqui só tem lampista. Dá pra entender?
- Escritório é oficina, oficina é taller, talher é cubierto. Cobertor não existe, compre uma manta, mas ela pode ser apenas um objeto decorativo. Aí você vai precisar comprar um edredom, que felizmente é edredon mesmo. Mas eles vêm sem capa – e capa é funda. Funda nórdica! Mas cuidado para não confundir com fundo – que é fundo mesmo, em profundidade e em grana.
- Equipamento é equipo, que também é time – faz sentido, não faz?
- Longo é largo, largo é ancho, magro é flaco, fraco é débil. Força na peruca!
- E nem tente ir ao peluquero sem saber explicar, na língua dele, o que você quer para a sua cabeleira. Pedir um simples desfiado pode ser uma verdadeira tortura. Está lá no dicionário: desfiar = deshilar. Mas diga isso ao peluquero! Aí toca tentar lembrar como se chama tesoura e, pior, descrever aquela tesoura cheia de falhas usada exatamente para... desfiar os cabelos. Arre égua!
- Mas não precisa ficar vermelho quando tiver que pagar uma propina. Todo mundo paga, é liberado. E vai pegar mal se você não pagar. O taxista não vai gostar, nem o garçon.
- Nem se avexe quando um espanhol mais afoito passar por você e comentar: Pero que culo, chica! Ele está apenas elogiando seu derrière... Só não deixe que te mandem ir a tomar por el... Aí já é demais!
Pena que ainda não consegui vaga no curso de Catalão. Aí é que a coisa vai ficar mesmo divertida!