Foto: Anamaria Rossi
Atendendo a pedidos de milhares de leitores comovidos com o caso da Vaquinha, volto para contar que fim levou a pobre bovina, que saiu do quarto do João Miguel, em Sagrada Família, para adornar o meu, aqui no Born, mas acabou... bueno, vamos por partes.
Saímos para almoçar e a vaquinha ainda estava ali embaixo, "guardada" num canto da rua, à espera de uma corda para subir até o primeiro andar. Voltei no final da tarde e a encontrei já a meio caminho do Passeig del Born. Resgatei-a de volta ao seu refúgio e subi para preparar o jantar. Corda só no dia seguinte. A pobre teria que dormir ao relento.
Pues bueno. Quando Ceci chegou, perguntei se ela tinha visto uma vaquinha lá embaixo. Tinha. Estava em frente à creperia, em pleno Passeig del Born, como uma excentricidade da casa. Puts, vamos lá buscá-la, Ceci, essa vaquinha é minha. "Como sua? E por que ela não está aqui? No te puedo crer!"
Decidimos buscar imediatamente a poltrona, ainda que fosse para amarrá-la à ferragem da portaria até a manhã seguinte. Já estávamos nos preparando para descer quando ouvi o barulho do caminhão da BCNeta, o infalível coletor de lixo e apetrechos em geral deixados nas esquinas.
Mal pude acreditar quando saí ao balcão e ouvi mais de perto o som da tragédia: a coitadinha estava sendo tragada e triturada pela máquina do lixo! Ceci não acreditou e foi lá conferir. Já não havia poltrona de luxo em frente à creperia. Jantamos desconsoladas.
Doeu. Ainda dói. Meu quarto ficará sem poltrona até o fim, em luto e protesto.
Oi Aninha! Lamento o triste desfecho da poltrona de vaquinha! Quem sabe você não tenta uma "bezerra" na próxima?
ResponderExcluirBeijos,
Marcos
Marcos, meu amigo fazendeiro, manda um garrote das Geraes pra mim... ;)
ResponderExcluirBeijo.
Muuuito triste perder uma peça de estimação assim, pro caminhão de lixo Ana!!! E concordo que é mesmo insubstituível - ao menos por enquanto, que um poquito de luto a criatura merece, né. Porém, sugiro que, como medida compensadora - saneadora até -, a dona do quarto vasculhe a cidade atrás de uma poltrona que provoque tamanhas emoções e roubadas. Levará meses a busca e a dedicação a ela, e assim a vaquinha, lá do brejo, talvez compreenda e aceite a homenagem....
ResponderExcluirbjos pra dona desolée