terça-feira, 6 de outubro de 2009

Farejar é preciso

O doberman chef veio daqui.

Doñana esqueceu de contar o momento degustação da aula de hoje.

Quatro bandejas, com 14 copinhos cada, um para cada aprendiz. O primeiro líquido é amarelado. Ela olha. Cheira. Põe uma golada na boca e bochecha com veemência, seguindo as instruções do Chef. Finalmente engole, e faz uma careta. Amargo. Salivação abundante nas laterais e no fundo da língua, trava na garganta e no diafragma.

Segundo copinho: incolor e inodoro. Antes fosse insípido! Bochechar foi um sacrifício, engolir nem se fala. Doñana repete a careta e constata: Ácido. Salivação nas paredes das bochechas, trava no canto externo das gengivas superiores, mas desce um pouco mais, chega ao estômago.

Terceiro copinho: incolor. Cheiro leve de maresia. É colocar na boca e o côncavo sob a língua dispara uma enxurrada de saliva. Desce quase redondo. Salgado.

Doñana fica feliz quando vem o quarto copinho, afinal só resta o Doce. Cheiro de nada. Cor de nada. Desce redondo e deixa um gostinho bom na ponta da língua. Mas trava a glote, salivação zero. Só resta à aprendiz correr a buscar um copo d'água.

O que fazer com isso? "Vou transformar vocês em verdadeiros dobermans", promete o Chef. É o que Doñana vai conferir e contar para vocês nos próximos 11 meses.

3 comentários:

  1. Vaya por Dios, que te vayas bien!
    beijo

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  2. Doñana agradece, Graça.
    E já já volta com mais.
    Beijo.

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  3. Adorei o codinome que é nome mesmo.

    É assim assim que o "Profe" te chama na aula?

    Estou curiosa para saber como é este curso. Conte-me tudo, visse?

    Beijo

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